Procurar “fazer pontes”

Procurar “fazer pontes”

Ao longo dos últimos 20 anos, Nuno Jorge Andrade trabalhou para a Igreja, onde começou como sacristão e passou pelo cartório e a parte administrativa de algumas paróquias, desde a Amadora – onde começou –, a paróquia da Graça e, agora, a paróquia da Lapa, na Basílica da Estrela, onde se encontra há 10 anos. Aos 44 anos, Nuno prepara-se para receber uma nova missão, que começou com a interpelação de várias pessoas e para a qual foi “sempre ‘chutando’ para o lado”, até ao Jubileu da Misericórdia, em 2016, convocado pelo Papa Francisco. “Lembro-me de ele se dirigir aos diáconos permanentes, na Basílica de São Pedro, no dia do jubileu dos diáconos. As suas palavras de disponibilidade, de serviço à Igreja, foram palavras que me marcaram. Depois, falando com o pároco, o cónego António Marim – com quem comecei a acolitar, ainda na paróquia da Amadora –, nasceu a pergunta: ‘É por aqui?’, e foi assim que entrei para a formação”, explica, ao Jornal VOZ DA VERDADE, o futuro diácono permanente.

Ao longo do tempo de formação, Nuno Jorge Andrade destaca a descoberta da “relação com uma Igreja Diocesana, não tão centrada numa paróquia específica”. “Conheci uma abrangência muito maior. Os conteúdos são bases muito importantes sobre coisas que sabíamos muito por alto. A partir daí, entrou-se muito mais nas matérias que são a base do cristianismo. São ferramentas para o dia de amanhã”, aponta.

A interrogação inicial sobre se este era mesmo o caminho que Deus queria para este leigo foi-se mantendo, até uma experiência de um retiro de oito dias. “Tenho uma amiga que dizia: ‘Se tanta gente te diz e não queres ouvir, então pede a Deus que te grite’. E foi, de facto, diante dos gritos de Deus, que não podia mais negar, que abracei este caminho. O clique deu-se no terceiro ano, quando entrei numa ‘atmosfera de identificação’ com a convicção de que ‘é por aqui’”, mas com a certeza de que “sem um tempo privilegiado de oração, não se chega lá”.

Este leigo, solteiro, que, com esta missão vai procurar “fazer pontes” e “chegar onde o pároco não chega”, assegura que a diocese pode esperar dele a “disponibilidade total”. “Seja para o que for, para o que o senhor Patriarca precisar”, assegura Nuno Jorge Andrade, que vai ser ordenado diácono permanente neste Domingo, às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos.

Nuno Jorge Andrade
44 anos
Solteiro
Paróquia da Lapa

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