Diaconia e diaconado na Igreja

Expectativas e práticas da Igreja do Porto

 

Conferência de D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, nas Jornadas de Teologia

do núcleo do Porto da Universidade Católica Portuguesa

Porto, Portugal, 16 de febrero de 2011 (Ecclesia)

 

1. Um texto assinado por A. P. e publicado na Voz Portucalense de 27 de Março de 1991 apresentava assim o que se esperava da decisão de D. Júlio Tavares Rebimbas, então Arcebispo-Bispo do Porto, de ordenar no ano seguinte os primeiros diáconos permanentes da Diocese: “Grandes são as expectativas que necessariamente cria a ordenação de diáconos permanentes para serviço da Igreja. E ninguém se admire de haver muitas dúvidas ainda quanto ao modo como vai ser exercido este ministério eclesial. A restauração do diaconado permanente sofre as perplexidades e resistências ligadas a qualquer processo inovador.    As comunidades não têm arquétipos acerca deste grau do ministério ordenado que deixou de existir desde há séculos”.

 

Dúvidas fundadas, por ausência de memória. Mas expectativas positivas, por razões de eclesiologia reencontrada, na esteira conciliar, acrescentava-se mais à frente: “Dentro em breve sacerdotes e comunidades poderão usufruir dos seus serviços diaconais de modo que a Igreja se organize de acordo com o que deve ser. E isso supõe a existência de bispos, padres e diáconos, para além de religiosos e leigos na multiplicidade de ministérios e serviços eclesiais em que podem ser investidos”[1].

 

Assim o pretendia o prelado diocesano, com intencionalidade espiritual também, como o jornal não deixará de salientar meses depois, relatando o leitorado dos candidatos: “Como explicou, D. Júlio espera que o diaconado seja ‘factor de renovação, não tanto dos métodos e das formas mas de conversão… não só das pessoas mas da comunidade como tal para que ela seja cada vez mais sacramento de salvação e sinal de presença divina no mundo’”. Não se tratava de razões meramente funcionais. D. Júlio pretendia, com o diaconado, fomentar comunidades mais dinâmicas, complementares e missionárias, como acrescentava a notícia: “[D. Júlio] disse que acredita que o diaconado permanente poderá ajudar a desenvolver uma pastoral renovadora, fundada na perspectiva de comunidades articuladas, descentralizadas e missionárias podendo deste modo, e na variedade das experiências, nascer de facto ‘um sinal de esperança’ para a Igreja e para a humanidade”[2].

 

A preparação dos futuros diáconos prosseguiu entretanto, sendo ordenados a 26 de Abril de 1992. Logo a seguir, um editorial do mesmo órgão diocesano previa compreensíveis demoras na identificação do ministério relançado: “A grande dificuldade é, para os próprios ‘diáconos’ e para a comunidade cristã, acertar com a ‘identidade’ desta ‘figura’ que se apagou já da memória colectiva da Igreja e – pior – que se confundiu com a identidade do presbítero. […] E demorará certamente algum tempo até que o próprio ordenado no diaconado se situe em relação ao leigo que já não é embora pareça, e ao presbítero com quem se parece mas que não é”[3].

 

Quase duas décadas depois, não podemos deixar de concordar com a grande lucidez destas reflexões do editorialista da Voz Portucalense. O diaconado tem sido exercido com indesmentível generosidade, mas só a pouco e pouco vai encontrando o seu estatuto específico, dentro e fora da comunidade cristã.

 

Todavia, algo vai relevando, quer localmente quer na compreensão da Igreja universal. Refiro-me à definição do diaconado em torno do serviço, mesmo sacramentalmente realçado e como activação duma Igreja cada vez mais definida nesse sentido também. E era também assim que o prelado diocesano já o entrevia na altura: “No contacto imediato com as pessoas e os pequenos grupos e na própria comunidade humana o Diácono ‘é chamado a ser sinal de Cristo servo, lá onde as pessoas vivem, trabalham, sofrem e lutam pela justiça’, como disse D. Júlio. Desta forma realizará ‘uma evangelização individualizada’ dando a conhecer Cristo que se inclina sobre cada um para o servir, e sendo nas comunidades ‘fermento profético’ de uma Igreja ‘serva do mundo’”[4].

 

2. Estas considerações de há duas décadas são o melhor pórtico para as que acrescento agora, depois de novas ordenações diaconais e sob o título de “Diaconia da Igreja e diaconado permanente”. Tento ilustrar o que certamente já foi dito nestas Jornadas, a saber, que a restauração do diaconado como grau estável e próprio do sacramento da Ordem, se há-de entender na maior redescoberta da Igreja toda, como comunidade de serviço e missão, além de sacerdotal e cúltica.

 

Esta segunda caracterização sacerdotal e cúltica, correspondente a populações mais fixas e definidas prevaleceu longamente entre nós, absorvendo muito a ministerialidade eclesial. O seu enfraquecimento hoje em dia, quase nos força ao que não deveríamos ter perdido, no que ao serviço e à missão diz respeito.

 

Concretizando mais, diremos que a actual e progressiva restauração do diaconado na diocese do Porto, se verifica num contexto de grave decréscimo do número de presbíteros (nos últimos dez anos faleceram 117 ao serviço da diocese e ordenaram-se 40) e consequente aumento de trabalho pastoral para os que existem, com média etária acima dos sessenta anos. Soma-se a profunda mudança sóciocultural a que assistimos, com grandes desafios para o que habitualmente éramos e fazíamos, eclesialmente falando.

 

Precisemos ainda que não se trata apenas de já não ser possível atribuir um presbítero a cada comunidade cristã ­_ são pouco mais de trezentos “no activo” para 477 paróquias _, multiplicando-se a respectiva responsabilidade pastoral por várias delas e nem sempre contíguas ou congéneres. De facto, à itinerância dos pastores soma-se a dos fiéis, que cada vez menos se situam exclusivamente num local e, crescentemente, já não sabem nem podem definir-se como daqui ou dali; e isto tanto do ponto de vista da geografia, como da conexão real ou virtual, que se faz com várias “localizações” diárias ou frequentes e diversas para cada membro da família.

 

Por outro lado ainda, a indefinição crescente das pertenças comunitárias vai a par da perplexidade propriamente cultural no confronto com os ambientes de trabalho, “mass media”, ou tempos livres. Seria mais fácil responder à plurilocalização actual se convivêssemos de modo tradicional e unívoco, culturalmente falando. Mas é exactamente o contrário que se verifica, não só porque as convicções “cristãs” estão hoje mais esbatidas, quando não mesmo rebatidas na comunicação corrente, mas também porque a mentalidade geral não apetece nem desenvolve a concordância de ideias e sentimentos. Muito pelo contrário, e especialmente no que toca à fé católica, simbólica e tradicional.

 

Somos em grandíssimo número, mesmo os diocesanos do Porto, mais ubíquos na geografia e algo equívocos na crença e na prática. Mas não fiquemos por aqui, ou seja, ainda dentro da referência comunitária e confessional. Coexistimos _ tantas vezes no próprio agregado familiar _ com muita gente que ainda se diz “católica” por conservar alguma memória de gerações passadas e não encontrar outro nome disponível para se qualificar a gosto. Sobrevivem, é certo, sentimentos básicos de indesmentível inspiração evangélica; enquadram-se e identificam-se povoações inteiras à volta de padroeiros e festas… Tudo isto é legítimo, socioculturalmente falando, e até preferível ao vazio simbólico e à aridez local.

 

Mas obviamente não chega e pode tornar-se cada vez mais re
sidual. As tradições transportam significados que, se muito afastados da fonte, acabam por secar e transmudar-se no oposto daquilo a que aludem. Quando reparamos em certos cartazes de festas locais, a pretexto de santos e padroeiros, com números tão pouco conformes com a verdade do que eles foram e anunciaram, podemos e devemos interrogar-nos sobre o que resta ali de cristianismo autêntico, ou se não estamos diante de retornos pagãos, quando não de persistências pré-cristãs indisfarçáveis.

 

Também nisto manteremos o cuidado evangélico de “não apagar a mexa que fumega”, mas mais nos devemos aplicar a aviventar a chama duma religião coerente.

 

3. É neste quadro que também podemos reflectir sobre o diaconado permanente em restauração, dentro duma Igreja inteira que se reconheça e relance em termos de missão e serviço. E não poderia ser doutro modo, pois a aludida e grande alteração do que ainda há pouco existiria, em populações geográfica e mentalmente situadas, é o que mais exige e urge a redefinição evangélica e eclesial; redefinição que há-de ser feita em termos de diaconia geral, estimulada por mais diaconia sacramental (ordenada).

 

A diaconia da Igreja e do diaconado refere-se essencialmente à diaconia de Cristo, que se apresentou “como quem serve”, que o mesmo é dizer “como quem salva” e salva servindo. Diaconia esta que, das mesas do indispensável sustento material, progride até à mesa eucarística. Aqui reencontramos a mística cristã, legitimamente referida. Realizada em nós, “eleva o mundo”, na oferta cósmica em que o Espírito de Cristo nos integra e realiza, e, por nós, à criação inteira. Para tal se orienta e destina a diaconia geral da Igreja, por isso mesma apostólica e missionária.

 

Esta a diaconia da Igreja, vivida em cada comunidade crente ­_ começando pela das famílias, quais “Igrejas domésticas”_, que irradie em redor, nas múltiplas realidades da sociedade que nos toca hoje em dia, das escolas às empresas, das prisões aos hospitais, do trabalho ao descanso, “como sal da terra e luz do mundo”.

 

Nesta diaconia nos legitimaremos e nela mesma nos reencontraremos também. Se nos ficássemos pelo culto, apenas ritualmente entendido, veríamos a redução imparável do número de praticantes, porque os de hoje e de amanhã cada vez menos se ficam pelos espaços e ritmos situados das sociedades antecedentes. À estabilidade corresponderia o culto centrípeto e mais “sacerdotal”, quase reduzindo o novo sacerdócio de Cristo ao do antigo templo, tão fixado num lugar como insistente no modo. À actual mobilidade só pode corresponder a diaconia  reforçada duma Igreja em missão, que certamente tem e terá um coração sacerdotal de oferta a Deus, mas daí se alonga em presença evangelizadora, que convide outros tantos para o mesmo culto “em espírito e verdade”[5].

 

Em suma: teremos ministros do sacerdócio de Cristo, que com Ele ofereçam ao Pai um povo inteiramente sacerdotal; e teremos ministros da diaconia de Cristo, que promovam na comunidade cristã o mesmo espírito de serviço ao mundo, que finalmente se oferecerá também[6].

 

O Concílio e o magistério subsequente encaram esta complementaridade de sacerdócio e diaconia como dinamismo maior da relação Igreja-Mundo. Reconstruiremos a comunidade cristã se nos movermos cada vez mais entre a mesa do altar e as “mesas” em que Cristo servia os seus discípulos, e a todos através dos discípulos. E nesse vai-vem do altar ao mundo e do mundo ao altar situar-se-ão os diáconos, significando e activando idêntica atitude por parte dos cristãos em geral. A Igreja reencontra-se na diaconia do mundo e os diáconos serão o sacramento e o contínuo estímulo para que tal suceda, mais e mais[7].

 

4. Das raízes neotestamentárias da diaconia eclesial e da história antiga do diaconado, bem como do seu longo ofuscamento como grau permanente do sacramento da Ordem, já dispomos de sábias contribuições, inclusive de autores desta Escola[8]. Não me cabe repeti-las, nem sumariá-las agora. Cabe-me sim sublinhar a conveniência e a urgência da sua restauração e expansão na diocese, precisamente para simbolizar e estimular a diaconia de toda a Igreja, em constante missão de testemunho e convite evangélicos.

 

Como sabemos, a vida da Igreja, haurida em Cristo, Palavra e Sacramento de Deus, projecta-se em três incidências gerais de anúncio, culto e serviço. Hoje, a acção pastoral que alimente as comunidades constituídas tem forçosamente de transbordar em “nova evangelização”, que comunique a vida que de Deus recebem para dar ao mundo. Os diáconos permanentes, tão próximos do sacerdote no altar, quanto ao lado do comum de todos no dia a dia da família, da profissão e donde for, concretizam e estimulam a nova irradiação evangélica que hoje importa. Não é por acaso que a última palavra da Eucaristia lhes pertence: despedindo a assembleia com um “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe”, irão eles também, para depois retornarem ao coração da Igreja, que só pode pulsar missionariamente se quiser acompanhar o desígnio salvífico do coração de Deus.

 

Como todas as outras, a nossa Igreja diocesana recompor-se-á na missão e no serviço. Por isso mesmo, e complementando o sacerdócio ministerial de bispos presbíteros, o diaconado permanente reencontra nela um lugar fundamental de activação de todos no serviço ao mundo, única maneira de agradar a Deus[9].

 

________

Notas

[1] A. P. [Eloy Almeida de Pinho] – Diáconos permanentes em breve, no Porto. Voz Portucalense, 27 de Março de 1991, p. 3-4.

[2] Diaconado permanente: factor de “conversão” da Igreja diocesana? Voz Portucalense, 13 de Junho de 1991, p. 1-3.

[3] Diaconado permanente. Um desafio. Voz Portucalense, 29 de Abril de 1992, p. 1-2.

[4] Igreja do Porto já tem Diaconado Permanente. Voz Portucalense, 29 de Abril de 1992, p. 1-2.

[5] Cf. BORRAS, Alphonse – O diaconado e o risco da sua novidade. Prior Velho: Paulinas Editora, 2010, p. 227-228: “Pela sua reactivação na Igreja latina, o diaconado permanente permite assim ultrapassar a focalização, senão mesmo a redução da ministerialidade ao único sacerdócio de Cristo. Favorece, em consequência, a valorização de todos os ministérios e serviços indispensáveis para edificar a Igreja neste lugar e realizar o anúncio do Evangelho. A pluriministerialidade é, sem qualquer dúvida, um dos maiores ganhos da restauração diaconado. Ela também não é independente doutros ganhos maiores, precedentemente evocados, a saber, uma maior consciência da missão e uma melhor inculturação da fé”.

[6] Cf. PETROLINO, Enzo – Diaconado. Serviço-Missão. Do Concílio Vaticano II a João Paulo II. Lisboa: Paulus Editora, 2007, p. 127, referindo-se à frase conciliar que orienta o diaconado “não para o sacerdócio mas para o ministério” (Lumen Gentium 29): “Além disso deve-se ter presente que a fórmula ‘… non ad sacerdotium, sed ad ministerium’ tem uma particular conotação cultural que recorda o ‘proprium’ do ministério diaconal, isto é a diakonia. Um ‘serviço’ que tem uma estreita ligação com o sacerdócio ministerial do bispo e dos presbíteros e se une ao sacerdócio comum de todos os fiéis. Uma diakonia que tem a sua fonte e o seu ápice no serviço ao banquete da Palavra e da Eucaristia e no serviço dos pobres”. Cf. PAULO VI – Carta apostólica Ad Pascendum, 15 de Agosto de 1972: “O Concílio Vaticano II, finalmente, anuiu aos desejos e aos pedidos para que o diaconado permanente […] fosse restaurado como Ordem intermédia entre os graus superiores da Hierarquia eclesiástica e o resto do Povo de Deus, para ser como que intérprete das necessidades e aspirações das comunidades cristãs, animador do serviço, ou seja, da diaconia da Igreja junto das comunidades
cristãs locais, e sinal ou sacramento do próprio Cristo Senhor, que não veio para ser servido, mas para servir”. Cf. JOÃO PAULO II – Discurso aos diáconos norte-americanos, 19 de Setembro de 1987: “O Concílio Vaticano II explica que a graça sacramental conferida [aos diáconos] através da imposição das mãos vos torna capazes de prestar o vosso serviço da palavra, do altar e da caridade com uma eficácia especial (cf. Ad Gentes, 16). O serviço do diácono é o serviço sacramentalizado da Igreja, mas deve realmente ser, como o definiu Paulo VI, uma ‘força motriz’ para a diaconia da Igreja. Com a vossa ordenação tornastes-vos semelhantes a Cristo na sua função de serviço. Vós deveis ser também sinais vivos do serviço à sua Igreja”.

[7] Cf. BORRAS – O diaconado, p. 90-91: “Ministros da única mediação sacerdotal de Cristo, o bispo e os padres significam o dom gratuito de Deus ao seu povo e a oferenda em recompensa deste, graças ao único sacrifício de Cristo. Ministros da ‘diaconia de Cristo’, vindo para servir e não para ser servido (cf. Mc 10, 45), os diáconos significam a vocação diaconal de toda a Igreja que é o seu Corpo e atestam, deste modo, a autenticidade da Eucaristia que ela celebra”.

[8] Cf. Diaconado permanente. Elementos para uma reflexão. Humanística e Teologia, 29/2 (Dezembro 2008).

[9] Cf. BORRAS, O diaconado, p. 233: “Pelo ministério ‘diaconal’, os diáconos prefiguram, sacramentalmente, a diaconia de Cristo à qual toda a Igreja é chamada. Eles conduzem os baptizados a tornar-se um povo de servidores e dão a este mundo o gosto do serviço. Desempenham um papel de ligação, estando no ‘limiar’, na intersecção entre a Igreja e a história – entre a comunidade e o seu ambiente. É assim que eles ajudam, pela sua parte, na salvaguarda e na promoção da identidade apostólica e, por este facto, evangélica da Igreja local”.

 

D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente – Bispo do Porto

 

Síntese:
Nascimento: 16/Jul/48, S. Pedro e S. Tiago, Concelho de Torres Vedras
Ordenação Presbiteral: 29/Jun/79
Nomeação Episcopal: 06/Nov/99, para Auxiliar do Patriarcado de Lisboa, com o título de Pinhel
Ordenação Episcopal: 22/Jan/00

Curriculum:
22/Fev/07 – Nomeado Bispo do Porto.
24/Março/07 – Tomada de Posse
25/Março/07 – Entrada Solene na Diocese

Formação e funções académicas:
Após concluir o curso secundário, frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa onde se formou em História.
Licenciado em História, ingressou no Seminário Maior dos Olivais em 1973.
Em 1979 licenciou-se em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa, doutorando-se em Teologia Histórica em 1992, com uma tese intitulada Nas origens do apostolado contemporâneo em Portugal. A «Sociedade Católica» (1843-1853).
Desde 1975, lecciona História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa.

Funções e cargos eclesiais:
Ordenação Sacerdotal – 29/06/1979.
Coadjutor das paróquias de Torres Vedras e Runa – 1980.
Membro da Equipa Formadora do Seminário Maior dos Olivais – 1980 a 1989.
Vice-Reitor do Seminário Maior dos Olivais – 1989 a 1997.
Reitor do mesmo Seminário desde 1997.
Membro do Cabido da Sé Patriarcal desde 1989.
Coordenador do Conselho Presbiteral do Patriarcado desde 1996.
Director do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa.
Coordenador da Comissão Preparatória da Assembleia Jubilar do Presbitério para o Ano 2000.
Nomeado Bispo Titular de Pinhel e Auxiliar do Patriarcado de Lisboa – 6 de Novembro de 1999
Ordenação Episcopal – 22/01/2000
Bispo Auxiliar de Lisboa.
Promotor da Pastoral da Cultura na Conferência Episcopal Portuguesa, desde 11 de Abril de 2002.
Membro da Comissão Episcopal de Comunicações Sociais desde 20 de Junho de 2002.
Colabora habitualmente nos programas «Ecclesia» (RTP2)
Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais eleito em 5 de Abril de 2005

 

Distinções / Prémios:
– Grã-Cruz da Ordem de Cristo
– Prémio Pessoa 2009

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