O Cardeal-Patriarca de Lisboa vai ordenar quatro diáconos permanentes neste Domingo, 12 de setembro, às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos. Durante esta semana, o Patriarcado de Lisboa dá a conhecer os quatro candidatos ao primeiro grau da Ordem.
Aos 62 anos, António Hipólito reconhece que não foi fácil dizer ‘sim’ ao desafio de ser diácono permanente, mas refere, com alegria, que “no Ribatejo [de onde é natural], não existe o hábito fugir aos desafios” e interpreta esta chamada a partir das palavras de Jesus: ‘Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi’. Natural de Almeirim, António Hipólito estudou Fisioterapia, em Alcoitão, onde reside atualmente, e também onde conheceu a sua esposa. Tem duas filhas, duas netas e um neto. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, este futuro diácono permanente ressalva a importância da família no seu percurso em Igreja. “É como que uma árvore que foi plantada e que se foi vendo crescer. Creio que comecei a rezar ainda no leito da minha mãe. Ela sempre foi uma mulher de muita oração e, tal como o meu pai, também fez os Cursilhos de Cristandade”, conta. A caridade neste núcleo familiar e no meio rural onde nasceu “praticava-se por necessidade” e era visível na vida dos seus pais.
Enquanto se formava como Fisioterapeuta, António Hipólito foi-se “aproximando da Eucaristia”, até que, em 1988, o sogro convidou-o a ir com ele fazer um cursilho. “Foi lá que o meu sogro aprendeu a rezar o terço. Eu percebi, nesse cursilho, a importância da oração e da interligação entre todos os cristãos”, revela. “Depois, acabámos por colaborar na paróquia de Alcabideche, mas nada de especial… até chegar ao momento de uma peregrinação a Fátima, a pé”, conta. O apelo mais concreto para servir a Igreja, através do primeiro grau do sacramento da Ordem, aconteceu “através do padre José Paulo, que foi pároco de Alcabideche e está, atualmente, nos Açores”, e “do Samuel”, outro dos candidatos a diácono permanente. “Nunca, antes disso, me passou pela cabeça essa interpelação”, assume.
Durante os cinco anos de formação para os candidatos ao diaconado, António Hipólito começou por sentir uma “certa insegurança” em relação às suas capacidades académicas, por “não fazer um processo de formação ou estudos há muito tempo”. No entanto, “à medida que o tempo foi passando, o enriquecimento obtido a partir do conhecimento de todo o trajeto do Povo de Deus e aquilo que é a Mensagem Cristã, foi um motivo de grande felicidade” e feito com “uma atitude positiva e de enorme prazer”, reconhece.
Para este futuro diácono permanente, a diocese pode esperar “uma disponibilidade para responder ‘sim’ a todos os desafios”, salvaguardando, igualmente, toda a atividade familiar. “Em tudo o que puder, estarei disponível para a diocese de Lisboa”, garante.
António Hipólito
62 anos, Casado
Fisioterapeuta
Paróquia de Alcabideche