O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, conferiu na manhã deste sábado, 1 de dezembro, o ministério do diaconato permanente a Luciano Almeida, Luciano Barbosa e Minervaldo Sousa, todos paroquianos da Paróquia São Francisco de Assis, localizada na Boca do Rio. A Missa da Ordenação Diaconal teve início às 9h, na Matriz, e foi concelebrada pelo bispo auxiliar, Dom Hélio Pereira dos Santos e por padres da Arquidiocese de Salvador.
Esta foi a terceira ordenação de diáconos permanentes em menos de um mês, completando o total de 24 diáconos que estavam sendo preparados pela Escola Arquidiocesana de Formação Diaconal São Francisco de Assis. “Para mim é uma grande alegria de estar hoje confirmando essa caminhada de quase sete anos e um desejo muito antigo. Caminho na Igreja desde criança, como coroinha, como acólito, e hoje nós estamos confirmando com o diaconato essa caminhada. É pedir a Deus que nos ajude, que nos dê força para nos colocarmos à serviço da missão para o povo”, disse o neo-diácono Luciano Barbosa.
Após a proclamação do Evangelho os três candidatos ao diaconato foram apresentados ao Arcebispo pelo padre Adilton Pinto Lopes, diretor da Escola Diaconal. Durante a homilia, Dom Murilo falou sobre a importância do testemunho, da perseverança, do cuidado de si mesmo e da atualização de quem é chamado a ser evangelizador. “O exemplo que alguém dá é fruto de uma convicção, de um trabalho pessoal, de uma coerência de vida. De um coração que tem objetivos claros, que sabe o que quer. Um exemplo é, pois, frutos, de convicções longamente cultivadas”, afirmou.
“Alguém pode perguntar: como esses nossos irmãos testemunharão que Cristo está vivo, está presente na Igreja a e no mundo? Sua ação e seu trabalho girarão em torno da Palavra de Deus, do altar e da caridade. Como ministros do altar, caberá aos diáconos proclamar o Evangelho, preparar o sacrifício e repartir entre os fiéis o Corpo e o Sangue de Cristo. Além disso, serão chamados para presidir adorações, a administrar batismo, a assistir e a abençoar os matrimônios, a levar a Eucaristia aos agonizantes e também a presidir exéquias. Como ministros da caridade, olharão para todos, mas especialmente para os mais pobres e necessitados. E olharão com o olhar de Jesus Cristo e aí é que está o grande desafio: olhar o outro não apenas com o olhar humano, marcado pela limitação, mas com o olhar de Cristo”, completou o Arcebispo.
Logo após a homilia, os candidatos se comprometeram a serem fiéis a Cristo e a Igreja. Em seguida, prostraram-se ao chão, enquanto toda a assembleia entoava a Ladainha de Todos os Santos. Terminada a Ladainha, Dom Murilo impôs as mãos sobre as cabeças dos ordenandos.
Em seguida, as esposas se aproximaram segurando as vestes diaconais e as estolas, que foram levadas até cada um deles para que fossem vestidos, com a ajuda dos seus párocos. Já ordenados, os diáconos receberam o Evangeliário, que é o livro dos Evangelhos. “Para mim é uma alegria estar sendo confirmado na graça de Deus. Eu, de forma muito especial, comecei essa caminhada há 14 anos quando entrei no seminário para ser padre. E depois de 14 anos Deus me mostra o que, de fato, Ele queria, e pra mim essa é a grande graça, por que o caminho é de Deus e não meu. Eu só fiz fazer as escolhas no momento certo, na hora que Ele me disse para fazer e agora eu vivo essa alegria que Ele mesmo me deu”, afirmou o neo-diácono Luciano Almeida.
Com o coração agradecido também estava o neo-diácono Minervaldo Sousa. “É uma grande alegria. É como está no livro dos Atos, escolher homens íntegros e de grande respeito na comunidade. Então, minha comunidade me escolheu para exercer o ministério de diácono e, com isso, a cada dia em oração, ouvi a voz de Deus para saber se era mesmo isso o que Ele queria; e eu fui confirmado por Ele”, disse Luciano Barboa.
Texto e fotos: Sara Gomes