Testimonio (Diác. Odélcio Calligaris Gomes da Costa)

 

 

Diác. Odélcio Calligaris Gomes da Costa

Presidente da CND

Diáconos, Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos

Ano 4 – n º 47 – Junho de 2010

 

Na estrutura e organização da Igreja no Brasil, o diaconado nacional está em conformidade com a orientação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). É um dos organismos em comunhão com a CNBB na Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada.

 

Assim nos dispomos: a CND (Comissão Nacional dos Diáconos), que congrega os diáconos permanentes do Brasil, as CRD (Comissão Regional dos Diáconos), nos 17 regionais e as CDD (Comissão Diocesana dos Diáconos) nas inúmeras dioceses.

 

Obediente à caminhada histórica, ocupei a presidência da CRD S1 Comissão Regional Sul 1) para o Estado de São Paulo. E agora, ocupo a presidência nacional.

 

Na opinião de alguns bispos com quem converso, dizem eles: a coordenação que você desempenha, não deixa de ser uma diaconia.

 

Há alguns anos atrás, a Santa Casa de Misericórdia estava em falta com o atendimento religioso, “deixando” espaço para os evangélicos. Nada contra, desde que não façam proselitismo.

 

A Santa Casa é uma instituição católica, então a pedido de meu antigo pároco, apresentei um projeto para uma presença mais signifi cativa dos voluntários, dos ministros leigos, dos padres e dos diáconos, junto aos enfermos.

 

Montamos uma escala e assim, ficou para mim a 4ª feira, as visitas.

 

Depois de um certo tempo, devido aos compromissos com a CND, inquietei-me, pois, sentia-me um tanto “burocrático” não exercendo devidamente meu ministério.

 

Não estava “lavando os pés” como o Cristo Servo ensinou.

 

Comecei a rezar e suplicar ao Espírito Santo que inspirasse e apontasse uma resposta a minha angustia.

 

Deus atendeu o meu pedido. Fui ao capelão e propus a ele, fazer uma experiência: pretendo visitar os doentes todos os dias, menos aos sábados e domingos, exceto a um chamado de emergência, ou quando estou viajando pelo diaconado.

 

No início fi quei amedrontado, pois não é nada fácil visitas aos doentes, à cada porta que abro deparo com um “quadro” diferente. Disse ao capelão, não sei se meu psicológico vai suportar. A visita que faço diferencia muito de um médico, que é um profissional, eu ajo por compaixão.

 

O Espírito Santo me fortaleceu. Há alguns anos vou a Santa Casa de Misericórdia e ao Hospital São Rafael, que faz parte do complexo hospitalar.

 

Dar testemunho? Nem sempre contar para alguém, ou para um grupo de pessoas, que recebi uma graça, uma bênção ou uma cura é dar testemunho. Apenas relato um fato que Deus realizou em mim.

 

Quando conto que, eu realizei as obras de Jesus, aí sim dou testemunho!

 

No milagre, é Jesus que realiza a obra. Escolhi “lavar os pés” dos enfermos, como Jesus fazia.

Mesmo com as incumbências da presidência da CND, faço as visitas aos enfermos, e, por isso, sinto-me muito feliz em exercer meu ministério diaconal para o qual fui ordenado.

 

Dom Eduardo Koaik, que me ordenou disse: diácono, de tudo o que você faz para a Igreja no Brasil, o mais importante são as visitas ao hospital.

 

Sobre dar testemunho, baseio-me em Jo 10, 22-26. “Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus andava pelo templo, no pórtico de Salomão. Os judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: “Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Messias, o Cristo, dize-nos abertamente!” Jesus respondeu: “Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim.

 

Vós, porém, não acreditais, porque não são minhas ovelhas.” As obras que eu faço em nome de meu pai dão testemunho…

 

Ele é Deus, mas, historicamente, plenamente homem!

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