Pela primeira vez na história do Patriarcado de Lisboa, os diáconos permanentes da diocese renovaram os seus votos na Solenidade de São Vicente, diácono e mártir, padroeiro dos diáconos, que a Igreja celebrou no passado dia 22 de janeiro

Segundo explica ao Jornal VOZ DA VERDADE o delegado e coordenador dos diáconos permanentes do Patriarcado de Lisboa, diácono Armando Dilão, como membros do clero, era desejo do diaconado ter era uma celebração anual de renovação dos votos, a exemplo dos sacerdotes que renovam os seus votos na Missa Crismal, em Quinta-Feira Santa. A ideia surgiu ainda no tempo do anterior Cardeal-Patriarca D. José Policarpo, mas somente na celebração deste ano da Solenidade de São Vicente foi possível os diáconos permanentes da diocese renovarem os seus votos, após aprovação do atual Patriarca, D. Manuel Clemente. Ainda de acordo com o diácono Dilão, a renovação dos votos dos diáconos permanentes passará a ser feita anualmente, na celebração do padroeiro dos diáconos.

Coragem e responsabilidade
Na celebração que decorreu na Sé Patriarcal de Lisboa, D. Manuel Clemente lembrou, na sua homilia, o testemunho de fé do mártir falecido a 22 de janeiro de 304: “Do que sabemos do martírio de São Vicente, tiramos sobretudo o desassombro com que afirmou a sua fé e a coragem com que o fez até ao fim, às mãos de quem o queria calar como cristão confesso. Desassombro e coragem, lembremos, que em nada se impunham aos demais, senão pela convicção pessoal dum verdadeiro crente e a repercussão que isso mesmo tinha no seu modo de viver e conviver, seguindo os preceitos de Cristo”.
O Patriarca de Lisboa falou depois dos recentes ataques terroristas em Paris, sublinhando que a liberdade deve guiar-se pela consciência do dever e não por qualquer coação, identificou liberdade com responsabilidade e recusou toda a violência. “Voltando aos trágicos acontecimentos de Paris, diremos que não se pode por em causa a liberdade de expressão, nem esquecer que ela inclui intrinsecamente a responsabilidade. Responsabilidade que deve ser apurada nos órgãos que a sociedade democrática mantém para tutelar o bem comum e rejeitando qualquer tipo de violência no agir e no reagir”, afirmou.

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