Mensagem aos Diáconos Permanentes

Sitio oficial de la Comissão Nacional dos Diáconos – CND

 

Dom Esmeraldo Barreto de Farias, Arcebispo Metropolitano de Porto Velho 

Porto Velho, 10 de agosto de 2012.

 

Caríssimo Diácono Zeno, Presidente da Comissão Nacional dos diáconos Permanentes (CND).

 

Dentro do mês vocacional celebramos também a vocação ao Diaconado Permanente. Neste dia da festa de S. Lourenço, Diácono e Mártir, especialmente dedicado aos Diáconos, uno-me a todos os Diáconos Permanentes do Brasil e suas famílias.

 

As Diretrizes para o Diaconado Permanente relembram e assumem o belo significado desse ministério ordenado: «O ministério diaconal, nos primeiros séculos, assume particularmente a dimensão da caridade. Em seguida, vem o serviço ao culto e da pastoral. Nas primeiras comunidades cristãs, percebe-se a consciência de que a diaconia é a expressão concreta do amor. «Pela caridade, colocai-vos a serviço uns dos outros.» (Gl 5,13). A diaconia é vivida como consequência do seguimento de Jesus, na humildade, na pobreza, na obediência, na disponibilidade, na entrega até o martírio, no compartilhar bens, dores, alegrias, aspirações. Já nas comunidades do primeiro século há uma organização caritativa da Igreja que provoca admiração entre os pagãos e certamente é a grande atração e motivo de conversão de tantos ao cristianismo. É pela diaconia da acolhida nas casas, pela diaconia da coleta, pela diaconia das refeições, pela diaconia da Palavra, pela diaconia da administração dos bens que as comunidades tornam-se lugar da realização de uma sociedade sem necessitados» (DDPIB 3).

 

Meu irmão Diácono Permanente, trazendo no coração todo esse significado da missão que você recebeu como graça a serviço da edificação da Igreja, elevo minha prece de agradecimento a Deus que o chamou para seguir Jesus Cristo e, pela força do Espírito Santo o consagrou como testemunha da caridade, a exemplo de S. Lourenço.

 

Na sociedade de muitos e variados discursos através de tantos meios de comunicação, o testemunho fala muito forte; seja o testemunho na família; seja através do serviço à comunidade eclesial; seja no campo profissional. Mas, não deixa de ser uma marca indelével o testemunho de presença missionária e profética em meio aos pobres. Missionária porque o Diácono está sempre disponível e atento para ir ao encontro dos irmãos e irmãs, famílias e grupos em situações de sofrimento e exclusão. Penso na situação de centenas e até milhares de pessoas e famílias nas periferias urbanas que são desconhecidas até pelas comunidades eclesiais. Presença profética porque ali está o Diácono, em nome de Cristo e da Igreja, para escutar a história daquelas pessoas e famílias, para reconhecer o Cristo que com eles se identifica e ser para eles sinal de esperança, de solidariedade, de presença do amor de Jesus que veio para servir e não para ser servido. A presença profética traz os pobres com seus clamores para o meio da comunidade chamando a atenção da sociedade.

 

Com você amigo Diácono, com a Comissão Nacional e com todos os Diáconos do Brasil, rezo:

 

Senhor, Pai de bondade,

fazei crescer no meu coração

o amor que faz o vosso Filho

entregar sua vida pelos seus.

Que o vosso Espírito fecunde sempre minha vida

e o ministério que da vossa bondade recebi

para que, do fundo do meu coração,

possa responder como Pedro:

Jesus, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo (cf. Jo 21,17).

Eis-me aqui, Senhor, disponível para a missão,

especialmente no meio dos pobres, dos excluídos: «Envia-me!»

Amém!

 

Um grande abraço para você, diácono Zeno; para a diretoria da CND, todos os diáconos permanentes do Brasil e suas famílias. Deus os abençoe e até o encontro em Manaus.

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