Cerca de 120 pessoas entre Diáconos e esposas, dois bispos e quatro presbíteros participaram do Encontro realizado nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro em Curitiba. Para os organizadores o número foi um pouco menor que o esperado. Mesmo assim, muito expressivo. Oriundos de diversas Dioceses do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os participantes foram acolhidos no Seminário Filosófico Bom Pastor, no Bairro Orleans em Curitiba, onde funciona também o Seminário São José e a Escola Diaconal São Felipe.
O evento que é realizado a cada quatro anos, tem como um dos objetivos manter viva a interatividade e a unidade entre os Diáconos que compõem três estados do Sul do Brasil. Missas foram celebradas na Catedral Basílica de Curitiba (sábado à tarde, presidida por Dom João Carlos Seneme) e Santuário Nossa Senhora do Equilíbrio (domingo, no encerramento, presidida pelo Padre João Batista Chemin). Também houve um “tour” pelos Parques Tanguá, Tingui e Ópera de Arame.
Dom João Carlos Seneme, Bispo auxiliar de Curitiba e referencial dos diáconos do Regional Sul II ministrou o tema “Lançai as redes em águas mais profundas”, com o lema “Diaconado da Igreja de hoje”. O tema levou os participantes a refletirem sobre os desafios de ser diácono em uma sociedade que muda sistematicamente o comportamento para viver um ostracismo onde cada individuo se fecha em um mundo cheio de informações e futilidades. O Bispo distribuiu o texto “Parábola dos Poços”, aludindo ao comportamento da sociedade. Para iluminar a reflexão, Dom João lançou mão do manual Diretório para o Diaconato permanente da CNBB, o Documento de Aparecida e texto do Evangelho de São Lucas (Lc 5,1-11) que relata a pesca milagrosa.
A palestra do domingo foi feita pelo padre, psicólogo e professor de filosofia João Batista Chemim, Diretor da Escola Diaconal São Felipe e formador do Seminário Bom Pastor. O tema foi “Disciplina, Limites, Desejos e Sentimentos”. Padre Chemim destacou conceitos que definem os comportamentos humanos e a importância de cada um deles na sociedade. E como formadores de opinião, os Diáconos precisam ficar atentos até para o autoconhecimento e equilibrar as ações comportamentais. Chemim disse que uma pesquisa comprova que 95 por cento das doenças são de origem psicossomática, e desencadeiam o medo, a insegurança e a raiva com ameaças para o relacionamento pessoal, interpessoal e coletivo.
Citou: “O ódio é um veneno que tomamos esperando que o outro morra.” – William Shakespeare.
Durante o evento, os participantes receberam a visita sempre bem-vinda e simpática do bispo emérito da Arquidiocese de Curitiba Dom Pedro Fedalto que aos 83 anos de vida continua em plena atividade intelectual. Dom Pedro saudou os diáconos e esposas e deixou sua mensagem da importancia do diácono na vida da família, da Igreja e da sociedade. Padre Chemim aproveitou para esclarecer que o melhor remédio para a memória é o exercício da boa leitura e produção de obras literárias. Vale frisar que Dom Pedro Fedalto foi quem restituiu o Diaconato permanente em Curitiba há mais de 15 anos.
O presidente da CND, Diácono Odélcio Calligaris Gomes da Costa prestigiou o evento.