Felicidade as bem-aventuranças (1)


 

Diác. Odélcio Calligaris Gomes da Costa

Diáconos, Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos

Ano 4 – n º 44 – Março de 2010

 

Assisti a um casamento em minha cidade, na Igreja Matriz de Santa Cruz.

 Encerrada a celebração, já na sacristia, retirando os paramentos, aproximou-se uma jovem senhora, com lágrimas, uma das convidadas e disse-me: “hoje o senhor salvou meu casamento”.

 Como? Respondi. Ela continuou: “as palavras com que explicou o evangelho, a leitura sobre a criação do homem e da mulher, o que fazer para ser feliz… muito obrigada!” Despedindo, disse: agradeça a Deus-Espírito Santo que nos iluminou, vai em paz. Olhei para a porta e, lá estava outra jovem senhora, de origem nipônica, me aguardando. Aproximou-se e me disse: “hoje o senhor salvou meu casamento, a sua pregação me deu coragem para abandonar os caminhos que eu tenho percorrido – pirâmides, pedras, fi losofi as e outros ensinamentos diferentes dos cristãos – quero agora voltar para a Igreja de Jesus, seguir seus ensinamentos, pois quero ser feliz, novamente…”

 De fato, Jesus é a alegria dos homens, é a própria felicidade. A felicidade que o mundo dá é precária, temos e perdemos, é ilusão.

 Falar de felicidade, quando Jesus propõe: quem quiser ser meu amigo, minha amiga, meu discípulo, minha discípula, ninguém está obrigado, mas quem quiser: tome sua cruz e vem atrás de mim. Não basta carregar a cruz, é preciso saber para onde levá-la.

 Se eu pegar minha cruz e for atrás dele, sei onde vou chegar, se tomar outro caminho, também, sei onde vai dar, não sou ingênuo. Disse Jesus, segue-me.

 As Bem-Aventuranças são como os Dez Mandamentos, o Pai Nosso, estilos de vida, que experimentados, nos dão alegria e felicidade.

 No sermão da montanha, Jesus apresenta um elenco de atitudes, ou o que fazer para ser feliz.

 Então, conforme o Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos de 1 a 12:

 “Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram, e ele começou a ensinar:

 Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus – quem é pobre no espírito? Quem se esvazia do espírito de arrogância, prepotência, auto-suficiência, e se preenche do Espírito de Deus.

 Felizes os que choram, porque serão consolados.

 Felizes os mansos porque receberão a terra por herança – quem é manso? Aquele que é silencioso, de cabeça baixa? Nem sempre. É aquele que fala as coisas certas, na hora certa, para a pessoa certa e na dose certa. É equilibrado. Se faltar um desses elementos, pode haver perturbações.

 Felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados.

 Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia – córdia: coração, miser: miséria. Misericordioso é aquele que tira a dor, a angústia do coração do outro

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