Durante a XI Assembleia Geral da Comissão Nacional dos Diáconos (CND), o atual presidente, diácono Zeno Konzen, realizou a prestação de contas das atividades e projetos realizado durante a sua missão, nos últimos quatro anos à frente da Comissão. Antes de iniciar o processo eleitoral que escolherá a nova presidência, diácono Zeno leu uma mensagem de agradecimento direcionada aos diáconos do Brasil.
Leia a mensagem na íntegra:
Chegando ao final do segundo mandato na presidência da Comissão Nacional dos Diáconos (CND), é chegado o momento de relatar algumas das atividades realizadas durante os quatro últimos anos à frente da CND, que me foi confiado por seu voto em 2015. Sou muito agradecido a Deus por ter sido escolhido e enviado em missão. Sempre procurei exercer meu mandato com empenho, dedicação, entusiasmo e alegria. Diz o art. 4 do Estatuto Canônico e Civil: ‘Cabe ao presidente da Comissão Nacional dos Diáconos, promover a vivência de comunhão nos níveis diocesano, regional e nacional, alcançando as seguintes metas: confraternização, partilha de vida e experiências, promoção da vocação diaconal, incentivar o surgimento e manutenção das escolas diaconais, formação permanente e propor linhas gerais de ação’.
Foram quatro anos de muitas atividades em muitas Diocese e setores. Junto às diversas diretorias, presidências, regionais, assessorias, diretorias das escolas diaconais espalhados por todo o país. Se não fiz melhor, não foi por falta de empenho e dedicação.
Sou diácono incardinado na Diocese de Novo Hamburgo (RS), onde exerço meu ministério diaconal quando não estou viajando a serviço da CND. Neste mandato tive de conciliar trabalho, família, viagens, assessorias e trabalho pastoral, mas consegui com a graça de Deus. Marquei presença pessoal ou me fiz representar em todos os convites que foram recebidos. Tive a graça de conviver com tantas realidades, situações e costumes diferentes de vários lugares com cultura, espiritualidade e religiosidade diversas.
Presenciei tantas desigualdades sociais com diáconos que vivem em extrema pobreza e outros com vida plena e próspera. Mas, em todas as situações, ficou claro o amor e dedicação de todos em relação à Igreja. Mesmo convivendo com adversidades pude ver como somos felizes com a nobre missão que nos foi confiada.
Neste quadriênio consegui a amizade de tantos bispos, pois, estive presente em tempo integral em todas as quatro assembleias anuais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), servindo, na liturgia e em todos os momentos participando ativamente. Certeza que represento naquele momento todo o corpo diaconal nacional. Marquei presença fiel em 20 reuniões do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (CONSEP), como também nas doze reuniões do Conselho Permanente, todas ocorridas na CNBB em Brasília (DF), onde representei todos os diáconos do Brasil.
A CND, junto a Comissão Nacional dos Presbíteros – CNP; Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB; Conselho Nacional dos Institutos Seculares – CNIS; Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB. Formados os organismos de comunhão da CNBB que tive a felicidade de estar presente a todas as assembleias e encontros dos mesmos e manter um ótimo diálogo com todos. Participei da Comissão Missionária e Cooperação Internacional – Comina. Participei de quase todos os encontros regionais. Preguei vários retiros e coordenei muitos encontros por todo o Brasil. Participei de muitas ordenações diaconais como, por exemplo, em São Luiz (MA), no mês de setembro de 2018, onde foram ordenados 39 diáconos daquela Arquidiocese. Fomos à Manaus e Salvador nos dois últimos encontros de formadores das escolas diaconais. Organizamos e participamos do 9º encontro dos organismos do povo de Deus. Descentralizamos as oito reuniões da CND com as CRDs e assessorias.
Foram muitas e muitas viagens por todo o território nacional. Não medi esforços para chegar aonde fosse necessária a presença da CND. Também foi árdua a jornada para reformulação e aprovação do Estatuto Nacional dos diáconos. Era uma necessidade ante a realidade das mudanças que ocorreram a partir do acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil. Após muitas reuniões e encontros o documento final foi apresentado na 2ª Assembleia Geral não eletiva em maio de 2017, no Seminário Santo Afonso em Aparecida (SP). Após tramitar por vários setores de direito da CNBB, CONSEP e estando de acordo com a legislação vigente, encaminhamos o estatuto ao cartório de Brasília para análise e o devido registro. Por fim, em 09 de janeiro deste ano recebemos a grata notícia do cartório que o Estatuto estava aprovado sob nº 150324. Então, encaminhamos para impressão.
Finalizo agradecendo a todos que há oito anos confiaram em minha pessoa para o desempenho da presidência da CND. Sinto-me feliz e tranquilo sabendo que cumpri minha missão dignamente. Agradeço a Deus que colocou tantas pessoas no meu caminho para que eu pudesse chegar a tantos destinos, alguns bem distantes. Agradeço à minha família e a comunidade que sirvo pelo pleno apoio na caminhada. Com a graça de Deus superamos os obstáculos.
Diácono Zeno Konzen
Presidente da CND
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