Beja: O díacono Florival Silva, Presidente da Cáritas Beja critica «legislação» que impede ação social de «avançar»

O presidente da Cáritas de Beja, o diácono Florival Silva,  mostrou-se hoje “preocupado” com o número de pessoas carenciadas na região, “que não diminui”, e criticou as condicionantes burocráticas e legislativas que impedem uma ação mais eficaz junto das populações.

“Temos leis que muitas vezes não nos deixam avançar e que não dão esperança para avançar. Não temos uma certeza, as coisas sucedem-se, alteram-se, contrariam-se e como não sabemos fazer dinheiro ainda, temos de estar limitados àquilo que vamos angariando”, apontou o diácono Florival Silva, em declarações à Agência ECCLESIA.

No âmbito de umas jornadas de cooperação transfronteiriça das Cáritas da Raia, que estão a ter lugar em Beja, aquele responsável mostrou vontade em “alargar horizontes” no que à ação solidária diz respeito, no entanto é preciso ter noção “das limitações” e “não dar passos em falso”.

“As pessoas têm sido muito generosas, ainda neste último peditório foram muitíssimo generosas, mas como não temos outros rendimentos além do Estado e dos beneméritos, temos de ter muita consciência daquilo que podemos fazer”.

A Cáritas Diocesana de Beja está integrada num projeto de cooperação transfronteiriça em conjunto com mais seis congéneres da região raiana portuguesa e espanhola: Évora, Portalegre, Ciudad Rodrigo, Cória-Cáceres, Mérida-Badajoz e Salamanca.

Uma iniciativa orientada para a elaboração comum de soluções que favoreçam a obtenção ou criação de emprego numa faixa geográfica altamente atingida pela crise.

Outra componente do projeto é a realização de jornadas periódicas onde são debatidos temas de interesse para as várias Cáritas intervenientes.

Este ano o tema das jornadas foi “Economia Social e Solidário” e segundo o diácono Florival Silva está a ser essencial para a “troca de experiências” e para um “enriquecimento” comum que “no futuro” ajudará a enfrentar melhor os problemas.

Quanto ao trabalho de cooperação transfronteiriça que tem sido levado a cabo, o presidente da Cáritas de Beja adianta que já existem “experiência que dizem que vale a pena continuar”, nomeadamente com “casos concretos de pessoas desempregadas que arranjaram emprego”.

“Não serão aqueles que desejaríamos em termos quantitativos, mas o caminho faz-se andando, não de um momento para o outro”, complementou.

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