Arquidiocese de Londrina (PR) publica novo Estatuto dos Diáconos Permanentes

O documento, que entra em vigor neste dia primeiro de julho, apresenta normas para direcionar e organizar o trabalho diaconal

A arquidiocese tem, a partir deste mês, um novo documento que normatiza o trabalho dos diáconos nas paróquias e comunidades da Igreja de Londrina. Aprovado e promulgado pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, o novo Estatuto dos Diáconos Permanentes foi produzido depois de 20 anos da publicação do primeiro e busca dar suporte, organizar e direcionar o trabalho diaconal. “O estatuto anterior era muito simples e tratava quase que exclusivamente de assuntos referentes à CAD (Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes) e suas funções”, destaca o diácono Osvaldo Pechim, coordenador da comissão dos diáconos. Além das questões sobre a comissão, o novo documento trata das funções dos diáconos e das orientações para a Escola Diaconal Santo Estevão, onde é realizada a formação dos futuros diáconos na arquidiocese e a formação permanente dos diáconos já ordenados.

Por isso, o estatuto tem uma dupla função, além de ser o instrumento oficial da arquidiocese sobre o diaconato permanente, à disposição de lideranças e comunidades, é também o instrumento que normatiza o funcionamento da Escola Diaconal Santo Estevão, explica o diácono Moacyr Doretto, coordenador da escola. Segundo o assessor dos diáconos, padre Márcio França, o documento mostra a comunhão do trabalho dos diáconos com toda a Igreja. “Assegurará a estabilidade de orientações, a unidade indispensável ao corpo diaconal, com a consequente fecundidade deste ministério que já produziu bons frutos em nossa Igreja”, destaca.

Organização

O documento está dividido em três partes. A primeira trata sobre a tríplice função do diácono: a Diaconia da Palavra, a Diaconia da Liturgia e a Diaconia da Caridade. “Nesta parte do estatuto ditam-se diretrizes sobre a vida familiar, a vida social, a vida profissional, a vida espiritual e sacramental do diácono permanente, bem como de como deve ser o seu sustento. Ressalta a importância que tem a formação permanente na vida diaconal”, destaca o diácono Pechim, coordenador dos diáconos.

A segunda parte trata dos itens que dizem respeito à CAD (Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes), desde sua formação até como deve ser sua atuação junto ao corpo diaconal e sua interação com os demais órgãos ou membros da arquidiocese.

A terceira parte diz respeito à Escola Diaconal Santo Estevão (EDSE). O estatuto define que o padre que assume a função de assessor dos diáconos assume também a responsabilidade de acompanhar a Escola Diaconal, sendo denominado diretor da Escola Diaconal.

Trabalho pastoral

Para o arcebispo dom Geremias Steinmetz, o novo estatuto traz um realismo maior para o trabalho do diaconato permanente, abre para uma criatividade no trabalho e uma inserção mais profunda na realidade das paróquias. “Inserção nos problemas que as paróquias apresentam, especialmente na área social”, destaca. O arcebispo explica que o diácono deve estar presente onde as pessoas mais precisam, não apenas na questão litúrgica, que é importante, mas especialmente na questão da organização social. “A caridade é uma questão importante na missão do diácono, então os nossos diáconos precisam ter uma boa leitura da sociedade, uma boa leitura das dificuldades que o nosso povo vive hoje para poder agir na caridade e ajudar de fato o povo a se organizar, organizar as pessoas, organizar doadores, organizar voluntários, fazer que de fato isso possa ser um elemento importante na vida do nosso povo e no cumprimento da missão do diácono”, conclui dom Geremias.

Produção

O processo de produção do novo estatuto iniciou em março do ano passado, quando dom Geremias solicitou que fosse feita a reformulação do estatuto anterior, que fora publicado no episcopado de dom Albano Cavallin e havia sido reformulado durante o episcopado de dom Orlando Brandes.

A redação do novo texto teve como referência documentos da Igreja e estatutos de outras dioceses. Uma pesquisa realizada junto ao corpo diaconal também serviu para se ter uma visão geral da situação dos diáconos na arquidiocese. Em maio deste ano, o projeto do estatuto foi entregue ao arcebispo dom Geremias para sua apreciação e posterior promulgação. “Foi um processo positivo e enriquecedor. Foram vários meses de trabalho, onde a Comissão dos Diáconos Permanentes teve a oportunidade de pesquisar e estudar os documentos referentes aos diáconos, extraindo as normas necessárias e elaborando outras para complementar ou responder algumas lacunas. Houve um amplo debate da Comissão que, a partir das fontes, pode aprofundar os fundamentos de cada artigo do estatuto”, conclui padre Márcio.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Foto de destaque: Flávia de Paula

 

Fonte: cnd.org.br

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *