POR UMA CULTURA DE DIACONADO PERMANENTE

POR UMA CULTURA DE DIACONADO PERMANENTE

 

POR UMA CULTURA DE DIACONADO PERMANENTE

O diaconato permanente ainda é um ministério bastante desconhecido. E confundido.

Após vinte anos nessa caminhada e quinze de ordenado, ainda sou chamado de “giácono”, “diácomo”, “jácomo”, “djácono”, etc. Quando não, sou confundido com um “coroão” ou com um padre.

Não bastasse isso (o que é o de menos), há as interrogações, os espantos, as “caras e bocas” e até mesmo um estranho silêncio (o que ainda não é o fim do mundo); contudo, há o menosprezo, a repulsa e a exclusão; isto, sim, dói; e o que é pior, não ajuda, só atrapalha.

Há que se criar uma cultura de diaconato permanente. O que seria isso? E como poderia ser feito? Entendo por criar cultura, neste caso, desenvolver um “ambiente”, um “clima” propício para a divulgação, o esclarecimento, a aceitação e a inclusão desse ministério tão apreciado pela Igreja nos dias atuais em diversas partes do mundo.

Como fazê-lo? Falando sobre o diaconato permanente em todas as ocasiões e situações oportunas no dia a dia da Igreja, tais como: uma pitadinha vez ou outra na homilia; uma intenção aqui e outra ali nas preces dos fiéis; uma inserção aqui e outra acolá na catequese, nas celebrações, na formação de agentes de pastoral; uma notícia ou um comentário nos murais, nos jornais, nas revistas e sites paroquiais; um destaque por ocasião do mês vocacional e no dia de São Lourenço e – por que não? – de outros santos diáconos; estudo e pesquisa desse ministério nas faculdades de teologia e, particularmente, na formação específica dos seminaristas, futuros presbíteros; na abordagem do tema em cursos de formação continuada para o clero; na eventual instituição de diaconias; na definição inequívoca das competências e atribuições do diácono, seja junto a uma comunidade, a uma capelania, a uma pastoral, a um programa, a um projeto… E, mais que tudo, não medindo esforços para incrementar a cooperação entre leigos e diáconos, e para desmistificar eventuais incompreensões que possam prejudicar, direta ou indiretamente, a parceria tão almejada entre presbíteros e diáconos, quebrando barreiras, criando laços, promovendo a ação integrada de ambos a serviço do Reino.

Criar cultura, ainda neste caso, é, por fim, dar visibilidade, tratar com naturalidade, abrir portas, acolher, incluir.

(Diácono Mario Braggio, abril de 2021)

cnd.org.br

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *