VIvo e que vive

Autor Diácono Joaquim Armindo

“Cristo Vive”, constitui um documento de ação, determinante para a Igreja e substantivo para a Humanidade. Nele conseguimos vislumbrar que a ligação visível é o encontro com o Senhor. Como Jesus referiu o “sábado foi feito para o homem e não este para o sábado”, em “Cristo Vive”, constrói-se – não só o futuro e presente dos jovens cristãos -, mas a capacidade de brotar para a Humanidade o rosto de Jesus, na sua morte-ressurreição. Livre como a luz que amanhece em cada manhã dos nossos dias, Francisco, o papa, consegue transmitir que só existe algo que vale: o Amor e a Misericórdia de Jesus. Algo que ainda não compreendemos, incitados a subjugar e a deter poderes. Em “Cristo Vive”, não existem poderes, existe, isso sim, Vida. Longe do enfeudamento dos jovens – e dos cristãos em geral -, a normas e regras, tantas vezes de uma inutilidade desastrosa, propõe a Ressurreição, como a evidência de sustentar a certeza. Longe de amarrotar os jovens em clausuras pré-determinadas, augura o futuro da felicidade nesta Humanidade. Não acena só o porvir, mas sente o hoje, aqui, agora e não para as calendas.

Não é uma vida redutora que se sente nas palavras de Francisco, antes o ardor de trazer à Igreja a irreverência saudável. No seu capítulo oitavo, rompe com o que normalmente entendemos por “vocação”. Não é só o discernir se se quer ser padre, bispo ou religioso (a), ou casado ou solteiro. É um “chamamento de Deus”, “chamamento à vida, o chamamento à amizade com Ele, o chamamento à santidade”, e santidade encarnada “no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades”. E se é um chamamento missionário, deve ser entendido como participante da “sua obra criadora”. E essas missões “deixam de ser uma soma de ações que uma pessoa realiza para ganhar dinheiro, para estar ocupado ou para agradar a outros”.

A “vocação” é orientada para glória do Senhor da Vida e “para o bem dos outros”. Assim, toda a vida humana é uma “vocação”.

“Cristo Vive” é o romper com estereótipos que tínhamos e queríamos que fossem vida, mas não o era. “Cristo Vive” é como um foguete que estoira no ar e deixa todas as suas milhares de luzes em cada coração.

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