Diáconos, Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos

Ano 6 – n º 72 – Julho de 2012
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Ao se falar de ministros que formam a Igreja Ministerial, precisamos de um olhar mais atentos às primeiras comunidades, com suas carências e seus anseios naquele contexto. Jesus para por em prática o projeto de salvação, constituiu os doze apóstolos, e estes sentindo a necessidade, oraram e impuseram as mãos sobre outros sete homens de boa vontade, homens de oração. Inicia-se aí o ministério diaconal.

A Igreja, durante os séculos, foi se estruturando por suas necessidades e sob orientação do Espírito Santo. Os anseios e desejos do povo persistem em pleno século XX, por isso, o Concílio Vaticano II restaura o Diaconado como Sacramento da Ordem, para atender as aspirações dos cristãos dos novos tempos. O diácono tem ministério próprio e exerce suas atividades na liturgia, na palavra e na caridade, em comum acordo com os sacerdotes e os Bispos para o bem da Igreja e do povo de Deus. O ministério diaconal, também, está diretamente ligado à família, porque o diácono na sua dupla sacramentalidade é homem do povo e da Igreja, assim, pode o diácono colaborar, em muito, para o bem estar e crescimento das famílias cristãs. O diaconado é o 1º grau do sacramento da Ordem, e como tal, um sinal sacramental de Cristo na comunidade.

É necessário que o diácono tenha esta convicção de fé: eu sou um sinal sacramental de Jesus. E, é visível a importância deste ministro para a Igreja, no meio do povo, não somente no que lhe for solicitado, inerente ao seu ministério, mas, viver em sua família, em seu trabalho, com os amigos e vizinhos, de tal maneira que perceba nas pessoas suas carência, suas necessidades e ser os olhos e os ouvidos do Bispo. O diácono, assim como os bispos e presbíteros, é chamado a promover a comunhão Eclesial, estar a serviço do povo de Deus, e em sua missão evangelizadora, levar o povo cada vez mais à comunhão com Deus em permanente busca de santidade.

Assim, a missão dos diáconos está intimamente ligada ao Cristo-servo nesse ministério de amor. Em relação aos presbíteros, o diácono permanente contribui com sua larga experiência de inserção na vida familiar, profi ssional e no mundo. O diácono permanente deve ser «um homem de oração, um homem de Deus», como homem casado e chefe de família amadurecido e com uma vasta e valiosa experiência de vida nas várias profi ssões. Pode ajudar aos presbíteros especialmente aos mais jovens. Assim, mais inserido no mundo que o presbítero, que exerce principalmente a missão profética e sacerdotal, o diácono permanente esta a serviço da vida e colabora no surgimento, promoção e discernimento dos serviços e ministérios dos cristãos leigos e leigas.

O diácono está próximo à dor do mundo, passa pela dureza e provações da vida, por isso tem sensibilidade especial pelo sofrimento dos pobres. E, a Igreja se enriquece quando os diáconos vivem seu ministério na plenitude do amor de Cristo. Assim, o diácono está a serviço da Igreja na família na vida e na esperança. Amén!