A Comdiac-SP é uma Comissão do Diaconato Permanente da Arquidiocese de São Paulo instituída por Dom Odilo Pedro Scherer.

A Comdiac-SP é uma Comissão do Diaconato Permanente da Arquidiocese de São Paulo instituída por Dom Odilo Pedro Scherer.
Por Fernando Geronazzo

Com o objetivo de promover a pastoral do diaconato permanente na Igreja de São Paulo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, instituiu a Comissão do Diaconato Permanente da Arquidiocese de São Paulo (Comdiac-SP).

Trata-se de um organismo consultivo e de assessoria no que se refere à vida e ao ministério dos diáconos, e animador da comunidade diaconal e de sua comunhão com os demais membros do clero.

É também missão da Comdiac-SP promover as iniciativas e ações voltadas para a promoção da vida e ministério dos diáconos, como explica o Regulamento da Comdiac-SP, publicado no dia 8.

A Comissão será constituída por diáconos representantes das regiões episcopais eleitos pelos seus pares, membros da Escola Diaconal Arquidiocesana São José, um sacerdote designado para acompanhar os diáconos, o representante dos diáconos na Arquidiocese no Regional Sul 1 da CNBB (Estado de São Paulo) e membros escolhidos pelo Arcebispo.

O Diácono Ailton Machado, secretário da Escola Diaconal, explicou ao O SÃO PAULO que a Comdiac-SP ajudará na formação continuada dos diáconos. “A Arquidiocese é gigantesca, somos 83 diáconos espalhados em mais de 300 paróquias, quase mil comunidades. Precisamos, enquanto grupo, ter uma referência que nos reúna, nos organize e direcione nossa missão. Precisamos refletir constantemente sobre os desafios futuros a enfrentar em nosso ministério”, afirmou o Diácono, reforçando, ainda, que a Comissão os auxiliará a continuar caminhando sempre como Igreja.

O diaconato
O diaconato é o primeiro grau do sacramento da Ordem – seguido do presbiterato (padres) e do episcopado (bispos). A palavra grega diakonia significa serviço. O serviço dos diáconos é documentado desde os tempos apostólicos, como relata o Livro dos Atos dos Apóstolos (6, 1-6) sobre instituição dos “sete” homens encarregados do serviço à Palavra, às mesas e aos necessitados. “Entre outros serviços, pertence aos diáconos assistir o bispo e os sacerdotes na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia, distribuí-la, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir aos funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade”, indica o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 1570.
A instituição diaconal foi florescente na Igreja do Ocidente até ao século V. Depois, por várias razões, acabou por permanecer como etapa intermediária para os candidatos à ordenação sacerdotal. O Concílio de Trento, no século XVI, dispôs que o diaconato permanente fosse retomado como nos primórdios, mas não chegou a se concretizar. Foi somente o Concílio Vaticano II que estabeleceu que o diaconato pudesse “ser restaurado como grau próprio e permanente da hierarquia” e “ser conferido a homens de idade madura, também casados”, como destaca a Constituição Dogmática Lumen Gentium. Em 1967, o Papa Paulo VI estabeleceu as regras gerais para a restauração do diaconato permanente por meio da carta apostólica Sacrum diaconatus ordinem.
A Escola Diaconal Arquidiocesana São José foi instituída em 19 de agosto de 2000 pelo então arcebispo de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes. A primeira grande turma de diáconos da Arquidiocese foi ordenada em 2005. Além da instituição da Comdiac-SP, será publicado, em breve, um diretório para vida e o ministério dos diáconos permanentes da Arquidiocese.

Reportagem publicada no Jornal O SÃO PAULO – edição 3107 – 22 a 28 de junho de 2016

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